quinta-feira, 22 de julho de 2010


      Venha ! Marujá bom em qualquer época do ano!!!


                 



A comunidade do Marujá está localizada na Ilha do Cardoso, município de Cananéia, no extremo sul do Estado de São Paulo, considerada uma das mais belas ilhas do litoral brasileiro, devido seus atrativos naturais como Costões Rochosos, Cachoeiras, Praias, Restingas, Manguezais e Mata Atlântica (floresta pluvial Atlântica), onde vivem cerca de 1200 espécies de plantas, entre elas 118 espécies de orquídeas e 41 de bromélias, além de cerca de 43 espécies de mamíferos e mais de 400 tipos de aves. Entre esta vasta fauna, encontramos o papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis) e o boto cinza (Sotalia fluviatilis) que encantam os visitantes.



Esse pedaço de Mata Atlântica é banhado pelo Oceano Atlântico e pelo Canal do Ararapira, que liga a Barra de Cananéia à Barra do Ararapira/PR. Cananéia é considerada umas das mais antigas cidades brasileiras, já que fatos indicam que foi iniciada, com a chegada dos portugueses, em 1502, com o nome de Maratayama. Contudo, as terras já eram habitadas anteriormente por indígenas e, antes deles, por caçadores-coletores, visto a existência de inúmeros sambaquis e sítios arqueológicos que sugerem a ocupação por volta de 5 mil anos atrás (Scatamacchia, Demartini & Calippo, 2003).



A comunidade do Marujá é uma das seis comunidades preparadas para receber visitantes no PEIC - Parque Estadual da Ilha do Cardoso, inseridas na proposta de ordenamento da visitação pública, que entende o turismo de base comunitária como a forma de compatibilizar os interesses das comunidades inseridas na área atualmente protegida e a conservação dos recursos naturais da localidade. Com cerca de 54 famílias, o Marujá é a maior das seis comunidades caiçaras existentes na Ilha do Cardoso, Parque Estadual pelo Decreto nº. 40.319, de três de julho de 1962.



Com seus 15.100 hectares, o PEIC está inserido no Vale do Ribeira, onde está o maior contínuo de Mata Atlântica do Brasil. Ainda integra o Lagamar - Complexo Estuarino-Lagunar de Cananéia, Iguape e Paranaguá, e foi reconhecido pela UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Ciência, a Cultura e a Educação, em 1992, como zona núcleo da Reserva da Biosfera, tornando-se Patrimônio da Humanidade, além de ser um dos maiores criadouros de espécies marinhas do mundo.



O acesso ao Parque se dá através de embarcações turísticas, que fazem o transporte a partir de Cananéia (Centro ou bairro do Ariri).



Essa Unidade de Conservação vem sendo gerenciada de forma participativa desde 1998, com a realização da primeira fase do Plano de Manejo. Desde então se procura compatibilizar os anseios das comunidades que habitam o interior da Unidade, buscando alternativas sustentáveis e o envolvimento dos diversos agentes que compõem o espaço em questão. Fortalecendo-se com a criação do Comitê de Apoio à Gestão do PEIC (atual Conselho Consultivo), no mesmo ano.



Os sucessos obtidos pela atividade turística, que está prevista pelo Plano de Manejo do Parque, se devem às diversas reuniões e discussões entre os agentes envolvidos na atividade, que vêm trabalhando para a sua melhoria.

                               (costão rochoso do marujá/)